sexta-feira, 4 de maio de 2012

#171

Grupo de pessoas reunidas em minha casa. Hora do brinde.
«Então que faz o brinde?»
«Devia ser a aniversariante e o pai!»
O meu pai chega-se á frente e entraga-me um papel, completamente preenchido.
«Lê Sabrina, lê»
Não consegui, nem pronunciar uma palavra. Desatei a chorar como uma madalena arrependida. E tiveram de ser os convidados a ler, porque nem a minha irmã, nem a minha mãe e nem mesmo o meu próprio pai conseguimos. Quatro tótós a chorar.

Querida filha
Celebras hoje 17 primaveras
Parabéns por isso
(...)
Vai atrás do teu sonho,
Tenta ser aquilo que realmente desejas...
Mesmo tendo a noção que não sou o melhor pai do mundo.
Palavras levam-nas o vento;
Mas as palavras escritas têm outro valor
Todo o amor que eu sinto por ti,
Á minha maneira é certo.
Mas nunca duvides do meu amor por ti.

O teu pai que te ama,

Posso garantir-vos que as letras já estão esborratadas! Obrigada.

4 comentários:

Nádia Guerreiro disse...

Adorei o poema e quando redigido por pessoas importantes o valor é sempre outro :)

Anónimo disse...

se eu recebesse um papel desses do meu pai, seria tão feliz..

Nádia Guerreiro disse...

Obrigada querida !

Anónimo disse...

talvez tenhas razão, mas duvido.